terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

FORMULA INDY

A piloto Bia Figueiredo convidou pessoalmente Lula para dar uma volta a 300 km/h no S do Samba, na Reta de Marte e na Reta do Sambódromo, sem direito a pé no freio.

"Eu convidei o presidente Lula para dar uma voltinha e prometo que não passo dos 300 km/h. Como a gente sabe que ele confia nas mulheres, me ofereci", contou a piloto brasileira após descrever o circuito de 4.180 m da etapa brasileira.
A tentativa de presentear Lula com um adereço da Indy havia sido frustrada em junho, quando o tricampeão das 500 milhas de Indianapolis, Helio Castroneves, ofereceu o seu próprio capacete, que não serviu na cabeça do presidente.
Acompanhados do presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Marcos Jank, os pilotos comentaram com Lula o utilização de etanol brasileira como combustível oficial do campeonato pelo segundo ano consecutivo e disseram que a Formula 1, principal categoria do automobilismo mundial, também poderá seguir o exemplo e ajudar a diminuir a emissão de gases poluentes na atmosfera.
"A Stock Car a partir deste ano também usará o etanol. A Fórmula 1, em algum momento, terá de se converter ao etanol", disse Janke.
Em uma prova da Indy são consumidos cerca de 90 galões de etanol brasileiro por carro, o que equivale a 300 litros por piloto.

DOÇURA DO LIMÃO

O limão (Citrus limonum Risso) vem da Índia. Limah, assim era conhecido por lá. Por árabes, que o consideravam afrodisíaco e fortificante, foi levado à Europa. No Brasil, chegou por volta do séc. XVI. Mas começaram a ser cultivados, em larga escala, na Europa e Américas, só por volta do séc. XIX. São muitas as variedades: limão-cravo, limão-doce, limão-francês, limão-galego, limão-siciliano (que não se desenvolve nos trópicos). E limão-taiti, que recebeu este nome por ter sido levado do Taiti para a Califórnia, em 1875, com frutos de poucos caroços e árvore diferente de todos os outros limoeiros, sem espinhos nas hastes.

Na culinária, limão é usado como condimento, sobretudo no tempero de crustáceo, ostra, peixe, galinha, porco, maionese. Substitui o vinagre nos molhos de salada. Do sumo se faz refresco, sorvete, suco. Também se usa para evitar que frutas descascadas escureçam. A casca, em pedaços ou em raspas, é utilizada em biscoitos, bolos, caldas, compotas, cremes, doces, geléias, massas, pudins, recheios, suspiros, tortas. Limão é também cultura. "Atirei um limão doce/ na janela de meu bem:/ Quando as mulheres não amam,/ Que sono as mulheres têm" ("Trova", Manuel Bandeira). Toda criança canta "Meu limão, meu limoeiro, meu pé de jacarandá". Ou "Lá vem a lua saindo,/ Redonda como um limão,/ Tanto sangue derramado,/ Dentro do meu coração".
Também se diz de pessoa amarga, que tem temperamento azedo. Sem esquecer que acabou ingrediente de uma invenção bem brasileira, um coquetel em que o limão é cortado em pedaços, socado com açúcar e misturado com cachaça - a famosa e popular "caipirinha".

HAITI: Médico explica resistência dos Haitianos

O especialista detalha ao Blog, os mecanismos que permitem a um indivíduo resistir a vários dias sem água e/ou alimento. Quem escapa "são pessoas previamente hígidas e nutridas".

- Vai depender muito da constituição física, do mecanismo de adaptação, da reserva de massa muscular, da reserva gordurosa e da capacidade do rim de segurar água - afirma Lopes.
Alguns sobreviventes declararam ter se mantido com doses de água e comida encontrados.
O médico conta como o funcionamento do organismo vai se complicando enquanto ele definha. Em geral, numa situação dessa, diz, morre-se por falência do coração.

Após duas semanas sob os escombros, em condições precárias, a exemplo de vítimas do terremoto no Haiti, como é o processo de resistência do organismo de um sobrevivente?

Antônio Carlos Lopes - Não foram todos que sobreviveram. Existe aí uma diferença individual, cada um é um. Depende de não haver nenhuma associada. Às vezes, o indivíduo tem uma doença e não sabe, e consequentemente tolera menos uma situação de jejum prolongado. Então, são pessoas previamente hígidas e nutridas (que resistem), isso é importante. O indivíduo acaba usando massa muscular como fonte energética, depois começa a usar tecido gorduroso como fonte energética e isso depende de quanto ele tem de reserva muscular e quanto tem de reserva gordurosa como fonte energética. Quem tem mais vai sobreviver mais (tempo).
Em terceiro lugar, há o problema da hidratação, que é o mais importante a curto prazo. O organismo produz, neste mecanismo todo, quase 400 mililitros de água por dia. Como ele não está gastando muita água, está vivendo ao custo dos 400 mililitros que estão sendo produzidos. Embora acabe numa desidratação. E o rim vai segurando água o máximo que pode, até parar de urinar inclusive para poder manter seu equilíbrio hídrico. Agora, isso não é um processo infindável. Chega uma certa hora, isso acaba e o indivíduo morre. Vai caminhar para uma desidratação, que por um certo tempo é tolerável, vai demorar mais ou menos a depender da reserva que o indivíduo tem, da capacidade do rim de segurar água e da perda de água pela pele. Num ambiente frio, ele perde menos água pela pele; no calor, perde muito mais rápido.

Até quanto tempo é possível resistir?
Algumas pessoas resistem até 13 dias. Outras pessoas não resistem mais do que uma semana. Vai depender muito da constituição física, do mecanismo de adaptação, da reserva de massa muscular, da reserva gordurosa e da capacidade do rim de segurar água. Por este conjunto, dependendo da pessoa, pode ser cinco dias, sete, 10, 13, mas nunca mais do que isto. Mais de 10 dias já é além de Bagdá.

Que sofrimentos a pessoa sente?
Uma pessoa parada tem gasto menor de energia...
Mas vai sofrendo atrofia muscular também...
É, vai atrofiando, diminuindo a massa muscular, diminuindo a força. A pessoa vai sentir a boca seca, confusão mental, ânsia de vômito com certeza porque, quando o organismo queima gordura com fonte energética, produz corpos cetônicos...

A pessoa passa a maior parte do tempo desfalecida?
Isso é progressivo. Cada vez mais porque é a desidratação que faz desfalecer. E também a reserva de glicose, formada pelo músculo. Enquanto houver glicose, o cérebro vai funcionando. À medida em que o músculo vai acabando, vai acabando a formação de glicose. O raciocínio e a capacidade cognitiva ficam comprometidos.
É mais difícil a pessoa conseguir fazer um esforço, um barulho, gritar e chamar por socorro...
Claro, não tem força nenhuma.
E, com o passar dos dias, na escuridão dos escombros, o indivíduo perde a mínima noção do tempo em que está ali...
Desde que ele fique isolado, ele realmente perde noção de tempo, de ambiente e assim por diante.

Da mesma forma que foram encontradas pessoas depois de tanto tempo, outras podem ter resistido muito e não terem sido encontradas. De que elas morrem nesta situação?
Morre por arritmia cardíaca habitualmente. O coração descompassa e acaba parando. Ou pega uma infecção muito grave e acaba morrendo.

Há também problemas respiratórios por causa de toda a poeira aspirada?
Exatamente. Infecção, poluição, insuficência respiratória...

Quais são os primeiros socorros para alguém que resista tanto tempo a esta situação?
Hidratação e glicose a curto prazo. Ventilação - pode ser mecânica ou não mecânica. A hidratação é fundamental, com líquido, sódio, potássio. Enfim, uma hidratação condizente com o quadro clínico, à base de água. Dar glicose e hidratar por via endovenosa e, muito vezes, algum suplemento vitamínico também.

DEFESA CIVIL

O coordenador geral da Defesa Civil, Coronel Jair Paca de Lima, percorre as áreas mais afetadas para avaliar a situação e orientar os moradores quanto aos riscos. Algumas regiões recebem atenção especial, por conta das ocorrências mais graves, como: o Grajaú, Itaim Paulista, São Miguel Paulista, M´Boi Mirim, entre outros.

Cerca de 11.500 moradias estão em áreas de Risco Alto e Muito Alto, o que significa aproximadamente 58 mil pessoas. E 24.500 moradias estão em regiões de Risco Médio e Baixo, cerca de 122 mil pessoas.
Segundo o coordenador, a Defesa Civil monitora a quantidade de chuva por meio da parceria com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), que observa as condições do tempo e as transmite para o órgão que atua junto à sociedade na prevenção de desastres.
Para ajudar neste trabalho existem os Núcleos de Defesa Civil (Nudecs). O Coronel Jair Paca de Lima explica que são "pessoas voluntárias capacitadas pelo órgão, moradores das áreas de risco que alertam os moradores de suas regiões sobre possíveis acidentes como deslizamentos".
A assessoria da Defesa garante que "todas as áreas consideradas de risco pela Secretaria das Subprefeituras são monitoradas".
De acordo com a última medição do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), faltaram 0,9 mm para que este fosse o mês mais chuvoso na capital paulista desde 1943, quando começaram as medições meteorológicas no mirante.
O número de mortes em consequência das chuvas no Estado subiu para 69. A Defesa Civil afirma ainda que mais de 5 mil pessoas estão desabrigadas e quase 20 mil desalojadas em todo o Estado. Municípios decretam situação de emergência, desde o dia 1º de dezembro. Cunha e São Luis do Paraitinga, por exemplo, estão em situação de calamidade pública
A tendência é que o mês de fevereiro inicie com uma quantidade menor de chuvas.

A VOLTA DE MASSA

Assim como na última segunda-feira, o brasileiro Felipe Massa voltou a ser o mais veloz dos treinos na manhã desta terça, no curcuito de Valência, na Espanha.

O ferrarista, aliás, foi ainda mais rápido no início deste segundo dia de testes. Se na segunda-feira Massa cravou 1min12s574, até as 13h desta terça (horário local), liderou com o tempo de 1min11s722.
O brasileiro foi seguido por Kamui Kobayashi. A bordo do Sauber, o japonês surpreendeu e marcou 1min12s056. Lewis Hamilton, da McLaren, foi o terceiro (1min12s508).
Já Rubens Barrichello, a exemplo da última segunda-feira, não conseguiu colocar a Williams entre os melhores tempos. O veterano foi o quinto mais rápido entre sete pilotos, com o tempo de 1min13s377.
Nico Rosberg, da Mercedes (quarto mais veloz), Robert Kubica, da Renault (sexto), e Séastien Buemi, da Toro Rosso (sétimo) também foram às pistas nesta manhã. Uma nova sessão de testes está prevista para a tarde desta terça.