terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

DOÇURA DO LIMÃO

O limão (Citrus limonum Risso) vem da Índia. Limah, assim era conhecido por lá. Por árabes, que o consideravam afrodisíaco e fortificante, foi levado à Europa. No Brasil, chegou por volta do séc. XVI. Mas começaram a ser cultivados, em larga escala, na Europa e Américas, só por volta do séc. XIX. São muitas as variedades: limão-cravo, limão-doce, limão-francês, limão-galego, limão-siciliano (que não se desenvolve nos trópicos). E limão-taiti, que recebeu este nome por ter sido levado do Taiti para a Califórnia, em 1875, com frutos de poucos caroços e árvore diferente de todos os outros limoeiros, sem espinhos nas hastes.

Na culinária, limão é usado como condimento, sobretudo no tempero de crustáceo, ostra, peixe, galinha, porco, maionese. Substitui o vinagre nos molhos de salada. Do sumo se faz refresco, sorvete, suco. Também se usa para evitar que frutas descascadas escureçam. A casca, em pedaços ou em raspas, é utilizada em biscoitos, bolos, caldas, compotas, cremes, doces, geléias, massas, pudins, recheios, suspiros, tortas. Limão é também cultura. "Atirei um limão doce/ na janela de meu bem:/ Quando as mulheres não amam,/ Que sono as mulheres têm" ("Trova", Manuel Bandeira). Toda criança canta "Meu limão, meu limoeiro, meu pé de jacarandá". Ou "Lá vem a lua saindo,/ Redonda como um limão,/ Tanto sangue derramado,/ Dentro do meu coração".
Também se diz de pessoa amarga, que tem temperamento azedo. Sem esquecer que acabou ingrediente de uma invenção bem brasileira, um coquetel em que o limão é cortado em pedaços, socado com açúcar e misturado com cachaça - a famosa e popular "caipirinha".

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