Davos já não tem mais o mesmo glamour de 2003, diz Lula no FSM
Presidente criticou os países desenvolvidos por não terem evitado a crise econômica
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva empolgou o público que esteve no Gigatinho na noite desta terça-feira, quando criticou o Fórum Econômico de Davos no balanço dos 10 anos do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. Na avaliação do governante, a grave crise ecômica mundial que ocorreu no último ano tirou o glamour do encontro na Suíça:
— Estou aqui e daqui vou pra Davos outra vez, igual a 2003. (…) Tenho consciência de que Davos já não tem mais o glamour que tinha em 2003.
Em seguida, foi interrompido pelos gritos da multidão: "Lula, guerreiro do povo brasileiro".
O presidente criticou os países desenvolvidos. Segundo o presidente, se eles tivessem feito suas “lições de casa”, a crise econômica não teria acontecido:
— Eu vou a Davos com outra missão: eu quero mostrar que se o mundo desenvolvido tivesse feito a lição de casa em economia, a gente não teria tido a crise econômica que tivemos no ano passado. A irresponsabilidade com que o sistema financeiro era manuseado no mundo inteiro, sem nenhum controle, era imensa. Quando era um país latino que devia cinco milhões ao FMI, nos cansávamos de gente dar palpite sobre o que deviamos fazer. Eles esqueceram de olhar pro nariz deles e ficaram olhando pro nosso. Davos não discutia crise, porque eles não sabiam que iam ter crise. E quando eu disse que era uma marolinha, nós fomos criticados e detonados e o resultado esta aí.
Lula defendeu a Rodada de Doha e o Protocolo de Kyoto e criticou a posição dos países desenvolvidos na COP15:
— Não conseguimos concluir o acordo da Rodada de Doha por causa de uma divergência entre Índia e EUA. Enquanto não for feito o acordo, os países mais pobres estarão subordinados a subsídios dos países ricos. Nós fomos para Copenhague com a decisão mais séria e mais consistente, levamos uma proposta de até 2012 diminuir gases do efeito estufa entre 36% e 39% e diminuir o a poluição da amazônia até 80% até 2020. Isso pegou os países ricos de surpresa. O que estava em discussão: os EUA não é assinante do Protocolo de Kyoto, não tem compromisso de diminuição de metas.
Forte esquema de segurança no deslocamento de Lula
O avião que trazia o presidente e cinco ministros — entre eles a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, e o ministro da Justiça Tarso Genro — pousou no Aeroporto Salgado Filho às 19h27min. Lula desembarcou da aeronave às 19h40min. Em seguida, a comitiva seguiu, sob forte esquema de segurança, até o Ginásio Gigantinho.
Por volta das 20h40min, o presidente subiu ao palco e cumprimentou autoridades. Ao fundo, a ovação dos presentes: "Olê, olê, olá, Lula". Lula sentou-se para ouvir a manifestação do presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique da Silva Santos, e da líder de esquerda uruguaia, Lilian Celiberti. Às 21h09min Lula iniciou seu discurso.
Programa descontraído da RÁDIO ALTERNATIVA FM de Viamão-RS, apresentado por CARLOS OLIVEIRA e RONALDO BONEMANN
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
FILAS PARA AGUARDAR PRONUNCIAMENTO DO PRESIDENTE
Mais de 2 mil pessoas já estão dentro do Gigantinho aguardando a chegada do presidente Lula, segundo a Brigada Militar.
A fila no entorno do ginásio também é grande.
Apenas 10 mil pessoas poderão entrar no ginásio para assistir à conferência.
Lula embarcou para a Capital às 19:40, e deve chegar por volta de 20:30 a Porto Alegre.
A fila no entorno do ginásio também é grande.
Apenas 10 mil pessoas poderão entrar no ginásio para assistir à conferência.
Lula embarcou para a Capital às 19:40, e deve chegar por volta de 20:30 a Porto Alegre.
LULA: Presidente fala no FSM em Porto Alegre
Esquema de segurança altera rota de Lula para o Gigantinho
A comitiva presidencial se desloca até o Gigantinho, mas a rota prevista foi alterada, por questões de segurança.
A expectativa era de que Lula transitasse pela Br 116, Free Way, Avenida Castelo Branco, Mauá, Avenida Beira-Rio, rua Aureliano de Figueiredo Pinto até a Padre Cacique. No entanto, a comitiva se deslocou pela Terceira Perimetral.
Políticos aguardam Lula no Gigantinho
A deputada federal pelo PC do B Manuela d’Ávila está no Gigantinho assistindo às apresentações culturais que antecedem a conferência do presidente Lula. Ao lado dela, a diretora do Grupo Hospitalar Conceição, Jussara Cony.
GAUCHOS NO HAITI
"Vamos levar todo o nosso afeto e apoio ao Haiti", diz médica da missão gaúcha
Equipe de dez profissionais do Grupo Hospitalar Conceição embarcou hoje na Capital
Embarcou na manhã de hoje para o Haiti o grupo de quatro médicos e seis enfermeiros do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), na Capital, que vai realizar trabalho voluntário e ajudar vítimas do terremoto que devastou o país. A solidariedade e a motivação contagiam a equipe que vai atuar por pelo menos 30 dias em um hospital-navio ancorado próximo a Porto Príncipe.
Selecionados entre mais de 400 profissionais do GHC que manifestaram interesse na viagem, eles têm conhecimentos nas áreas de Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) e emergência. Uma das mais experientes do grupo é a médica anestesista Maria da Graça Falkembach. Ela completará 60 anos no próximo dia 22 e, provavelmente, vai comemorar a data no Haiti.
— É um grande presente participar dessa missão. O grupo está realmente muito motivado. Vamos levar todo o nosso afeto e apoio ao Haiti. Chegaremos em um momento em que a demanda do ponto de vista médico é enorme. Do ponto de vista humano, quem está ganhando mais somos nós — diz a médica, que já participou como voluntária de uma missão no Timor-Leste há oito anos.
— Na época, o país estava em reconstrução. Agora, a situação no Haiti é ainda mais grave. Uma grande tragédia. Mas recebi todo apoio da minha família nessa decisão — afirma Maria da Graça, que integra a equipe de médicos com diferentes especialidades: anestesia, cardiologia, ginecologia e obstetrícia, e traumatologia.
"Faremos o melhor possível"
No grupo de enfermeiros, Gabriel Messerschmidt, 28 anos, conta que foi um dos primeiros a se candidatar a uma vaga. Segundo ele, a expectativa é enorme.
— Eu refletia há tempo sobre fazer algo do tipo e não desperdicei a oportunidade. Acompanhei pela imprensa e amigos que já estão lá disseram que a situação está bastante difícil. Não sabemos o que vamos encontrar, mas faremos o melhor possível — garante.
Na hora de apontar os motivos que o levaram a participar da missão, o enfermeiro do bloco cirúrgico destaca que "a experiência e a solidariedade" falaram mais alto.
"Estamos preparados para tudo"
A mais nova da equipe, a enfermeira Sue Helen Barreto Marques, 25 anos, destaca a importância do aprendizado para a formação profissional.
— Será uma possibilidade muito importante de fazer algo diferente e auxiliar essas pessoas que já passaram por muitas lutas e estão precisando mesmo. A gente lida com muita tragédia aqui e levar um pouco do que aprendemos para fora será muito bom. Estamos preparados para tudo — diz ela, que carrega na bagagem fotos do namorado:
— Trabalhar bastante vai ajudar a enfrentar a saudade e o tempo passará mais rápido.
A equipe
Médicos
Lucia Helena de Albuquerque e Souza (gineco-obstetra)
Luiz Mário Bretanha de Moraes (cardiologista/internista)
Márcio Carlos Seelig (traumatologista)
Maria da Graça Falkembach (anestesista)
Enfermeiros
Cleber Verona
Eloisa Nonnenmacher
Fátima Ali
Gabriel Messerschimidt
Thiago Cunha dos Santos
Sue Helen Barreto Marques
Equipe de dez profissionais do Grupo Hospitalar Conceição embarcou hoje na Capital
Embarcou na manhã de hoje para o Haiti o grupo de quatro médicos e seis enfermeiros do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), na Capital, que vai realizar trabalho voluntário e ajudar vítimas do terremoto que devastou o país. A solidariedade e a motivação contagiam a equipe que vai atuar por pelo menos 30 dias em um hospital-navio ancorado próximo a Porto Príncipe.
Selecionados entre mais de 400 profissionais do GHC que manifestaram interesse na viagem, eles têm conhecimentos nas áreas de Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) e emergência. Uma das mais experientes do grupo é a médica anestesista Maria da Graça Falkembach. Ela completará 60 anos no próximo dia 22 e, provavelmente, vai comemorar a data no Haiti.
— É um grande presente participar dessa missão. O grupo está realmente muito motivado. Vamos levar todo o nosso afeto e apoio ao Haiti. Chegaremos em um momento em que a demanda do ponto de vista médico é enorme. Do ponto de vista humano, quem está ganhando mais somos nós — diz a médica, que já participou como voluntária de uma missão no Timor-Leste há oito anos.
— Na época, o país estava em reconstrução. Agora, a situação no Haiti é ainda mais grave. Uma grande tragédia. Mas recebi todo apoio da minha família nessa decisão — afirma Maria da Graça, que integra a equipe de médicos com diferentes especialidades: anestesia, cardiologia, ginecologia e obstetrícia, e traumatologia.
"Faremos o melhor possível"
No grupo de enfermeiros, Gabriel Messerschmidt, 28 anos, conta que foi um dos primeiros a se candidatar a uma vaga. Segundo ele, a expectativa é enorme.
— Eu refletia há tempo sobre fazer algo do tipo e não desperdicei a oportunidade. Acompanhei pela imprensa e amigos que já estão lá disseram que a situação está bastante difícil. Não sabemos o que vamos encontrar, mas faremos o melhor possível — garante.
Na hora de apontar os motivos que o levaram a participar da missão, o enfermeiro do bloco cirúrgico destaca que "a experiência e a solidariedade" falaram mais alto.
"Estamos preparados para tudo"
A mais nova da equipe, a enfermeira Sue Helen Barreto Marques, 25 anos, destaca a importância do aprendizado para a formação profissional.
— Será uma possibilidade muito importante de fazer algo diferente e auxiliar essas pessoas que já passaram por muitas lutas e estão precisando mesmo. A gente lida com muita tragédia aqui e levar um pouco do que aprendemos para fora será muito bom. Estamos preparados para tudo — diz ela, que carrega na bagagem fotos do namorado:
— Trabalhar bastante vai ajudar a enfrentar a saudade e o tempo passará mais rápido.
A equipe
Médicos
Lucia Helena de Albuquerque e Souza (gineco-obstetra)
Luiz Mário Bretanha de Moraes (cardiologista/internista)
Márcio Carlos Seelig (traumatologista)
Maria da Graça Falkembach (anestesista)
Enfermeiros
Cleber Verona
Eloisa Nonnenmacher
Fátima Ali
Gabriel Messerschimidt
Thiago Cunha dos Santos
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