quarta-feira, 10 de março de 2010

REAJUSTE MILITAR

Yeda admite encaminhar reajuste salarial da BM sem o apoio dos oficiais

Governadora participou hoje de café da manhã na Assembleia Legislativa gaúcha

A governadora Yeda Crusius admitiu nesta quarta-feira que o projeto de reajuste dos servidores da Brigada Militar pode ser enviado mesmo sem apoio da maioria. Durante café da manhã na Assembléia Legislativa, a governadora destacou que espera pacificação por parte dos militares.
— Quando houver um encaminhamento que mostre a construção de um consenso, não precisa ser 100%, mas se a maioria aceite e pacifique as relações internas, sempre foi esse meu objetivo — disse Yeda — Eu fico no aguardo — completou.
Em entrevista hoje pela manhã, o deputado Giovani Cherini, presidente da Assembleia Legislativa, disse que todas as tentativas de acordo entre as categorias da BM e o governo do Estado serão esgotadas antes que se pense em encaminhar a votação do projeto sem aprovação.
Esgotaremos todas as possibilidades de acordo entre governo e BM, diz presidente da Assembleia

Entenda a polêmica

O QUE É A MATRIZ SALARIAL?

É uma lei de 2004 que obriga o Estado a investir um percentual do ganho fiscal do ano em salários da segurança pública. Hoje, o governo destina 10% do superávit para esta finalidade. A proposta do Piratini é aumentar a porcentagem para 15%. Mesmo que não haja ganho fiscal, o governo Yeda afirma que bancará o benefício. A matriz inclui todo o quadro da Segurança, menos os delegados de Polícia.

COMO ERA A PROPOSTA INICIAL PARA A BM

— Os soldados teriam aumento de 9,1% no salário básico.
— R$ 111 milhões seriam garantidos na matriz salarial de 2010 e de 2011.
— Os oficiais superiores (coronéis, tenentes-coronéis e majores) ganhariam, de forma retroativa a março de 2009, reajuste de 19,9% referente à Lei Britto.
— Haveria aumento da contribuição previdenciária de 7,2% para 11% – mesmo índice já recolhido pelos demais servidores estaduais.

COMO FOI A OFERTA FEITA ONTEM

— Para atender aos servidores de nível médio (de soldado a tenente), o governo propôs inflar a matriz salarial: R$ 175 milhões em 2010 e R$ 111 milhões em 2011.
— O reajuste de 9,1% para soldados seria extinto, mas os ganhos na matriz se aproximariam da proposta anterior.
— Para injetar a diferença de R$ 64 milhões na matriz de 2010, seria extinta a retroatividade prometida aos oficiais superiores. Com isso, eles ganhariam os 19,9% a partir de março de 2010 e não de março do ano passado.

LENDA!!

Lendário ex-goleiro quer trabalhar nas categorias de base


O maior goleiro da história do Inter fez uma visita à delegação colorada em Guayaquil, na tarde desta quarta-feira. Manga, 72 anos, bicampeão brasileiro em 1975/76, vive no Equador há 30 anos. Sem contrato como preparador de goleiros do Barcleona, de Guayaquil, disse aos dirigentes do Inter que tem um sonho:
— Quero voltar ao Brasil. Gostaria de retornar ao Inter e trabalhar com os jovens goleiros, de menos de 18 anos, para prepará-los. Ensinar-lhes como se joga no gol. Todos os últimos goleiros da seleção equatoriana passaram pelas minhas mãos.
Em conversas com os dirigentes mais antigos, Manga recordou os seus grandes momentos no clube, as defesas e, principalmente, a lendária final de 75 contra o Cruzeiro, na qual jogou com os dedos quebrados. Ganhou do vice de comunicação social, Gelson Pires, uma camisa do centenário do Inter.
Questionado sobre o novo goleiro do Inter, Abbondanzieri, disse não conhecer o argentino. Sobre Clemer, limitou-se a dizer em seu portunhol com sotaque pernambucano:
— Foi um bom goleiro.
Manga ainda pediu para acompanhar o Inter no jogo de amanhã em Quito.
— Queria muito ver o Inter jogar ao vivo outra vez. O Deportivo tem uam boa equipe, será uma partida difícil.
Porém, Manga não vai com o Inter desta vez. Ele apenas foi convidado pelo clube para ficar com a delegação quando o time vier novamente a Guayaquil, em 14 de abril, para o jogo contra o Emelec.